Nesse artigo abordaremos um tema difícil e que tem se tornado perigosamente recorrente: a ingestão excessiva de álcool durante a gravidez e suas consequências.
O álcool é a substância psicoativa mais usada na sociedade e acompanha a humanidade há séculos, tendo ampla penetração social.
Seu consumo tem sido incentivado na mídia e jovens, de ambos os sexos, tem cada vez mais precocemente se tornado usuários abusivos ou dependentes de álcool. É a droga de maior participação feminina no consumo, consumo este que tem crescido de forma alarmante nas últimas três décadas, aproximando-se rapidamente do padrão de consumo masculino.
O álcool é uma substância com livre passagem pela placenta e age no organismo do bebê. É importante alertar que não existe uma dose “segura” ou um limite pré-estabelecido para a ingestão do álcool pela gestante que não prejudique o bebê. É especialmente nocivo no primeiro trimestre de gestação quando, muitas vezes, a mulher ainda nem sabe que está grávida
O fígado do bebê, que está em formação, metaboliza o álcool mais lentamente que o fígado de sua mãe, isto é, o álcool permanece por mais tempo no organismo do bebê do que no da sua mamãe.
A Ingestão em excesso duplica a incidência de abortos espontâneos, causa trabalho de parto prematuro, baixo peso do recém-nascido e nos piores casos, causa a SAF (síndrome do alcoolismo fetal), que é irreversível.
Na SAF ocorrem: o retardo no crescimento intra-uterino, o retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual, distúrbios do comportamento (irritabilidade e hiperatividade durante a infância), diminuição do tamanho do crânio (microcefalia), malformações da face como nariz curto, lábio superior fino e mandíbula pequena, pés tortos, malformações cardíacas, maior sensibilidade a infecções e maior taxa de mortalidade neonatal. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a cada ano, 12 mil bebês no mundo nasçam com SAF.
Vai aqui a minha recomendação para a futura mamãe: evite o álcool e torne sua gravidez mais segura!